sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Requesito para ser professor


Optimismo,muito, mas mesmo muuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiitttttttttttooooo optimismo.

Falo por experiência própria. No final do curso que tantos sacrifícios representou (sobretudo no meu caso que sempre fui trabalhadora-estudante), o Governo tem a IMfeliz ideia de não deixar concorrer os finalistas nesse ano. Bom, há que encarar o assunto com optimismo e um sorriso nos lábios, afinal já tenho o curso e no ano seguinte, pode ser que tenha mais sorte!

É verdade, o ano seguinte (2005/2006) até nem me correu muito mal, podia ter corrido melhor mas, como professora, tenho que ter optimismo e saber que trabalhar em duas escolas, por um período total de nove meses não consecutivos, é bem melhor do que outras situações tão frequentes nesta profissão. Por isso há que sorrir e continuar em frente.

Mas se esse ano até nem foi mau o seguinte (2006/2007)foi terrível! Fiquei quase o ano todo desempregada, em casa, a contar os tostões para pagar as despesas. Mesmo assim, não me posso queixar, cá está outra vez o tão importante optimismo! Afinal, apesar de só ter trabalhado Junho, Julho e Agosto, sempre consegui trabalhar e, consequentemente, aumentar o meu tempo de serviço! Muito boa gente não conseguiu nem um único dia de tempo de serviço e eu consegui. Portanto, não posso pensar que esse ano foi terrível, afinal até me correu bem!!

Este ano, pela primeira vez, fiquei colocada logo no início de Novembro, com contrato até Agosto e perto de casa, portanto, e com muito optimismo, não teria motivos para me queixar!Não fosse, por exemplo, entre um leque bem alargado de outras razões, eu ter que fazer uma prova de ingresso na carreira, mais do que injusta e imcompreensível nesta altura do campeonato!

Não imaginam como me sinto feliz no meu trabalho!
O que me revolta são todos os condicionalismos que este me coloca.
Para ser professora, que é apenas uma profissão, é-me negado o direito de ter vida familiar. É claro que ninguém me impede de constituir família, mas que professora seria eu se constituisse família para a abandonar à sua sorte, sem poder participar dela presentemente, orientá-la e disfrutar dos momentos únicos que uma família de verdade nos proporciona?!

No meio de tanta instabilidade, como posso eu pensar em ter filhos? É que este ano estou a trabalhar, mas no próximo será que vou ter emprego? Este ano estou perto de casa, mas no próximo, caso tenha emprego, será que estarei? O que faço então, entrego o meu filho a outros para cuidarem dele ou levo-o comigo, sei lá para onde e em que condições? Isto para não falar nas penalizações na carreira!!

Depois destes motivos, e de todos os outros de que não falei, eu só tinha uma opção: fazer greve. Algo tem que mudar porque isto não é vida!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Ando muito ocupada

Pois é, o trabalho não me deixa tempo para mais nada!
É planificar, corrigir, preparar, estruturar aulas, resolver os problemas que surgem no dia-a-dia de uma sala de aula, isto sem falar no trabalho que dá gerir e cuidar de uma casa.
Mas estou feliz, muito feliz e isso é que importa. Sinto-me preenchida e tenho a sorte de ter uma vida que gosto. Como sentia saudades do meu trabalho... Gosto mesmo muito de ser professora (apesar de estarmos numa fase péssima para o desempenho desta profissão).

Ocupada mas FELIZ!!
Desejo que o resto do mundo seja pelo menos tão feliz como eu!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Sinto-me... professora!

De volta ao trabalho!
Como é bo estar numa sala com 24 alunos e construir saber!
É uma sensação fantástica e inexplicável, é mesmo bom.
Estou cheia de ideias e de vontade de trabalhar. Vou arregaçar as mangas e aprender fazendo com os meus pimpolhos:-)

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Estou feliz



Depois de muito stresse e ansiedade, de uma curta passagem por um programa ocupacional proposto pelo centro de emprego, finalmente uma boa notícia:
Estou colocada!
Mais, bem perto de casa! Desta vez não tenho que andar de casa às costas à procura de transportes e de quarto... Não podia ser melhor!

Começo a acreditar que vale a pena acreditar em bruxas... Ou não recebesse esta notícia em noite de Halloween...

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Trabalhos Manuais

Enquanto espero para ficar colocada vou fazendo uns trabalhitos com a técnica do guardanapo.
Ainda sou uma aprendiz (autodidacta) a dar os primeiros passos mas aqui ficam as minhas "obras de arte" :-)

Minhas "obras de arte"

sábado, 29 de setembro de 2007

Ansiedade

Final de Setembro e cá estou eu, tal como milhares de colegas na mesma situação, quase desesperada por conseguir uma colocação.

Diariamente o computador é o nosso melhor amigo na espectativa de encontrar novas colocações. Quando aparece alguma coisinha lá vou eu, cheia de espectativas, mas... nada... ainda não foi desta :(

Só me resta esperar mais um pouco, se tudo correr bem pode ser que dentro de duas semanas esteja colocada. Por mais que tente pensar desta maneira não consigo librar-me da consumição de pensar que posso ficar desempregada tanto tempo como no ano lectivo anterior, no qual só trabalhei três meses. Hoje em dia para ser professor é mesmo necessário AMAR a profissão, caso contrário não se consegue resistir a tanta pressão e instabilidade, a ter a vida toda dependente da profissão, a viver em função dela. E eu AMO a minha profissão, por isso não desisto dela!

O que custa mais ainda é o facto depois de tanta luta por amor a esta profissão, depois de perceber no terreno que é isto que realmente sei fazer melhor, que estou cheia de vontade e energia, de ter a certeza que foi para isto que eu nasci, depois disto tudo, estou em casa, à espera (e logo eu que não sou de ficar de braços cruzados!). Bom, mas saber esperar também é uma virtude (pelo menos eu tento convercer-me disso).

Até não ficaria tão triste se soubesse que todas as crianças deste lindo país à beira mar plantado estão a ter aulas em condições, uma educação de qualidade que o nosso governo tanto apregoa.
Mas infelizmente não é essa a realidade que encontramos nas nossas escolas. E é isso que ainda revolta mais...

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Hoje sinto-me...

... Sozinho


Às vezes, no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado, juntando
o antes, o agora e o depois
por que você me deixa tão solto?
por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho!
Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho às vezes cai bem
Eu tenho meus segredos e planos secretos
só abro pra você mais ninguém
por que você me esquece e some?
e se eu me interessar por alguém?
e se ela, de repente, me ganha?
Quando a gente gosta
é claro que a gente cuida
fala que me ama
só que é da boca pra fora
ou você me engana
ou não está madura
onde está você agora?
Quando a gente gosta
é claro que a gente cuida
fala que me ama
só que é da boca pra fora
ou você me engana
ou não está madura
onde está você agora?




Caetano Veloso
Prenda Minha

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Fingimento



Pegas na caneta,
Mais uma lágrima de puro fingimento
Brota no teu gesto inconsciente.
Mais um pedaço de ti transparece
Te desnuda do que finges ser:
Tu próprio!
Finges ser o eu que tu és,
Aquele que procuras sem cessar,
O que não vês no espelho,
O que só fingindo podes ser:
O verdadeiro,
Aquele que em ti não existe!

Finge, grande mestre,
Continua fingindo para quem não vê
Através dessa lágrima baça da tua caneta
Que pinga o que finges ser.

Finge,
Para quem não pode ver
Através da chuva oblíqua do teu ser
Nesse labirinto de sentimentos racionalizados
Por entre esses conflituosos pecados,
Que delícia de os conhecer!

Finge,
Que só fingindo podes ser!!!

sábado, 18 de agosto de 2007

Malefícios do Sol

Há coisas que não consigo mesmo entender. Chega o Verão e a história é sempre a mesma. A toda a hora vemos na televisão e ouvimos na rádio que é necessário termos cuidado com o sol, aplicar protector solar, evitar a exposição solar entre as 11h e as 16h, blá blá blá... Cada vez que ouço estes conselhos penso "mas porque é que estão a dizer outra vez o mesmo, já toda a gente sabe!".
Mas basta-me ir à praia uma vez para perceber que na realidade todos estes conselhos não são suficientes, tal é a inconsciência e irresponsabilidade das pessoas.
Adoro ir à praia de manhã, é mais sossegado e normalmente não há vento. Ás 11h, nem preciso consultar o relógio porque começo a sentir o calor em demasia para o meu corpo, recolho as minhas coisinhas para regressar a casa. É incrível a quantidade de pessoas que está a chegar à praia a essa hora. A concepção de férias dessas pessoas é acordar tarde, ir para a praia sem qualquer cuidado nem receio do sol e aproveitar ao máximo para bronzear. E mais engraçado é que quando essas pessoas são chamadas à atenção a resposta é sempre a mesma "O sol nunca me fez mal, não é agora que vai fazer. Vês, eu nem sequer fico vermelho!". É mesmo frequente encontrar-se na praia alguns "camarões" que continuam a expôr o seu belo corpinho ao sol sem qualquer cuidado. "Está vermelho mas depois fica moreno", é o pensamento de tão sábias pessoas!
Mas afinal, o que é que estas pessoas ainda não perceberam?? Os problemas advindos do excesso de exposição solar não se verificam no dia seguinte! Daqui a uns anos queixam-se do azar porque têm um cancro de pele ou outra doença qualquer, mas agora não fazem nada pela sua própria saúde. Isto só pode ser inconsciência e é urgente mudar este tipo de comportamentos.
O sol é tão bom quando bem aproveitado, com os devidos cuidados e sem exageros desnecessários!

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Feira Medieval - Santa Maria da Feira



Ontem fui, pela primeira vez, à Feira Medieval de Santa Maria da Feira. Vale a pena, é mesmo uma viagem no tempo. Um excelente programa para que as férias não sejam monótonas. Basta andar nas ruas para se sentir que fomos transportados no tempo. Os estabelecimentos comerciais aderem em massa a esta iniciativa e decoram as suas entradas a rigor, com panos de sarapilheira e fardos de palha. Até os caixotes de lixo estão revestidos com sarapilheira e os sinais de trânsito cobertos com o mesmo material, para dar um ar mais verídico ao evento.

Por todo o lado há barraquinhas de artesanato, de petiscos, bebidas, chás e doçarias, uma autêntica perdição! Há também diversos restaurante onde se podem degustar refeições ao estílo medieval. E, claro está, não poderia faltar a típica fogaça da Feira, uma delícia!

Os eventos são muitos e variados, dispersos por uma basta área devidamente identificada. O melhor é mesmo passar por um dos postos de informação (há vários espalhados pelo recinto) e pedir um programa onde estão especificados todos os eventos a acontecer nos próximos dias e tem um mapa da viagem medieval. Assim é mais fácil não se perder no meio deste mundo fantástico.

Gostei, gostei mesmo muito de conhecer esta Feira Medieval e aconselho a quem puder dar lá um saltinho, vale mesmo a pena!

terça-feira, 24 de julho de 2007

Lisboa






Já que cá estou tenho que aproveitar a oportunidade que me surgiu da melhor forma. Então, vamos lá à descoberta da capital, qual turista no seu próprio país!


Lisboa é uma cidade repleta de locais interessantes, onde a história habita e sobrevive, num harmonioso contraste do antigo com o moderno, da tradição com o desenvolvimento.


Há algo que me fascina nesta cidade, envolta em colinas com belas paisagens. Algo que não é assim de tão fácil acesso noutros locais do país, como em Esposende, por exemplo. O acesso à cultura.


Tenho aproveitado estes dias para conhecer melhor Lisboa. Começar o dia com uma viagem de eléctrico, daqueles antigos, magnífico.


Um passeio na região de Belém, uma visita ao Museu dos Coches, ao Mosteiro dos Jerónimos, à Torre de Belém, uma passagem pelo padrão dos Descobrimentos e uma passagem pelo Centro Cultural de Belém para assistir a um divertido concerto de músicos nórdicos e ver a exposição da Colecção Berardo. E, para terminar em beleza, um pastel de belém. Isto tudo no domingo, há que aproveitar o facto destes locais serem gratis ao domingo, que isto de ser professora contratada não está para grandes (nem pequenos!) gastos.


Entre uma visita ao Oceanário, um passeio na Quinta dsa Conchas e um refrescante gelado tenho aproveitado para ver todas as exposições que posso. Fantásticas todas, mas saliento a que está patente no El Corte Inglés que apresenta um retrato da evolução da moda ao longo dos tempos, com modelos ilustrativos de cada época todos feitos em papel. Vale a pena passar por lá!


Tanta coisa para ver, concertos para assistir, teatro, cinema, momentos para disfrutar e saborear. Lisboa, uma agradável surpresa!



domingo, 8 de julho de 2007

Live Earth



Realizou-se ontem uma maratona com o objectivo de chamar a atenção para os problemas do Planeta Terra.


Quem não gosta de, no fim de um dia de trabalho, regressar a casa e relaxar no conforto do lar?


Pois bem, a Terra é o nosso lar. E, se não cuidarmos dela para que melhore dos males que lhe provocámos e não nos esforçarmos para evitar outros males tão graves ou ainda piores, em breve perderemos a oportunidade de usufruir do tão desejado conforto.

Não custa nada, basta reparar nos hábitos do dia-a-dia e alterar pequenos gestos que fazem toda a diferença.


Tu consegues. Juntos conseguiremos!


Ontem tive a oportunidade de me juntar a esta tão nobre causa e assistir aos concertos dos Friends of Live Earth de Portugal. Adorei, mas fiquei com pena de não ver o Pavilhão Atlântico mais compostinho!

A causa era nobre, os artistas e bandas de qualidade e tudo isto com entrada grátis! Não sei, talvez as pessoas do meu país ainda não estejam devidamente sensibilizadas para os reais problemas da Terra, que são também nossos problemas.

Dava gosto ver nos outros países que também participaram nesta maratona de 24 horas os estádios cheios e pessoas com cartazes com frases alusivas a esta importante causa.


Por uma Terra saudável, por um Mundo melhor, por uma Vida com futuro


Responde à chamada!!

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Saúde em Portugal... ou falta dela!

Revolta. Sim, revolta, injustiça... esses sentimentos bem típicos de quem, como eu, depende do sistema de saúde português.
Pergunto-me para que serve ter médico de família se, quando precisamos do sistema de saúde, só nos faz perder tempo e dinheiro sem nos resolver os problemas?
Há anos que sofro de enxaquecas, por vezes tenho crises tão fortes que vou mesmo parar umas horas ao hospital. Tenho médico de família (que é o mesmo desde que nasci, por isso conhece muito bem os meus problemas de saúde) que me diagnosticou enxaqueca aos doze anos. Tenho que ter sempre comigo os comprimidos, que têm que ser tomados logo sinta os primeiros sinais das crises para que façam efeito, e mesmo assim, muitas vezes não resulta. Tenho a preocupação de os ter sempre comigo.
Quando tive que vir à pressa para Lisboa, fui ter com o meu médico de família para me abastecer do bendito medicamento. Paguei a consulta no centro de saúde e trouxe a receita. Já em Lisboa, dirijo-me a umja farmácia para comprar os medicamentos quando me dizem que não mos podem vender porque o código da receita não é o mesmo do medicamento.
Ok. Tudo bem. Um erro qualquer um pode ter. O problema é que já não foi a primeira vez que me deparei com este mesmo erro. Já me tinha acontecido em Esposende e eu já tinha avisado o médico de família, no centro de saúde, desta situação. O normal seria corrigi-la de imediato no sistema informático, penso eu!
Decido ir lá cima um fim de semana e passo grande parte do sábado à procura do médico para me passar nova receita. Ás 8h da noite lá consegui. Vim para Lisboa mais descansada, já não tinha nenhum comprimido mas pelo menos tinha a receita. Já por estes lados procuro uma farmácia mas o medicamento está esgotado. Começo a ficar preocupada, afinal está a aproximar-se uma fase propícia a crises de enxaqueca e eu sem medicação! Procuro noutra farmácia, o medicamento também está esgotado mas prometem-me consegui-lo no dia seguinte. Tudo bem, quem já esperou tanto tempo também espera mais um dia. Lá vou eu então, toda confiante, novamente à farmácia mas, mais uma vez há um problema com a receita e não posso adquirir o medicamento.
O médico de família, que conhece perfeitamente a minha necessidade de medicação e é conhecedor também do facto de eu estar longe de casa, esqueceu-se de colocar o carimbo do local onde a receita foi passada.
E pronto, mal de mim que preciso do sistema de saúde pública de Portugal. Paguei a consulta, perdi tempo e dinheiro e continuo com o mesmo problema. Isto deve dar lucro a alguém...
Mal de mim e de milhares de pessoas!!

sábado, 16 de junho de 2007

Saudade

O que sinto longe de ti

Apesar de te ter comigo a todo o momento

Dentro de mim, do meu ser

sempre no meu pensamento


O que sinto aqui

no mais profundo do meu ser

É...


meu amor


É saudade de te ter...

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Vida de professora!!


Pois é, passei o ano desempregada. Entra o mês de Junho e acaba-se a esperança de conseguir colocação. Eis senão quando o telefone toca na segunda feira, 5 de Junho, às 15h15m. Fiquei colocada em Odivelas (Lisboa) e tenho 24 horas para me apresentar no agrupamento para assinar contrato! Ok, o desespero de continuar desempregada é tanto que nem penso duas vezes. no dia seguinte de manhazinha, lá vou eu de autocarro, saco às costas de Esposende para a capital, sem conhecer nada nem ninguém! Chego a Lisboa debaixo de um calor abrasador e carregada de sacos e ainda tenho que apanhar três linhas de metro (e eu que nunca tinha andado de metro nem sabia como funcionava!). Nesta viagem mirabolante só me apetecia ser seguida por um canal televisivo para que o nosso governo pudesse assistir à aventura a que subjuga os professores!

Bom, pelos menos fui muito bem recebida pelos colegas de trabalho.

E já tinha tantas saudades de trabalhar numa sala de aulas com os meus alunos!! Está a ser muito bom, apesar de tudo.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Mitologia Grega




A civilização Grega formou-se por volta do ano 2000 a.C. e desenvolveu-se plenamente por volta do ano 700 a.C. Nessa data já existiam três colecções clássicas de mitos: a Teogonia, do poeta Hesíodo, e a Ilíada e a Odisseia, do poeta Homero.

A mitologia grega possui várias características específicas. Os deuses gregos assemelham-se exteriormente aos seres humanos e apresentam, ainda, sentimentos humanos.

A diferença em relação a outras religiões antigas, como o hinduísmo ou o judaísmo, consiste em não incluir revelações ou ensinamentos espirituais. Práticas e crenças também variavam amplamente, não havia uma instituição religiosa de governo, nem um código escrito, como um livro sagrado que revestisse esses mitos com uma estrutura formal. Os gregos acreditavam que os deuses tinham escolhido o monte Olimpo, numa região da Grécia chamada Tessália, como sua residência. No Olimpo, os deuses formavam uma sociedade organizada no que diz respeito a autoridade e poder, movimentavam-se com total liberdade e formavam três grupos que controlavam o universo conhecido: o céu ou firmamento, o mar e a terra.


Os doze deuses principais, conhecidos como Olímpicos, eram Zeus, Hera, Hefesto, Atena, Apolo, Ártemis, Ares, Afrodite, Héstia, Hermes, Deméter e Poséidon. A mitologia grega enfatizava o contraste entre as fraquezas dos seres humanos e as grandes e aterradoras forças da natureza.


O povo grego reconhecia que suas vidas dependiam completamente da vontade dos deuses. Em geral, as relações entre os humanos e os deuses eram amigáveis. Porém, os deuses aplicavam severos castigos aos mortais que revelassem conduta inaceitável, como orgulho complacente, ambição extrema ou prosperidade excessiva.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Certificação e validação de competências

Claro que me agradaria viver num mundo onde a literacia e o conhecimento fossem os pilares que sustentam a sociedade. Tudo isto seria maravilhoso se fosse real. No entanto, o que acontece nos tempos que correm é mais um “tapar o sol com a peneira” do que uma aposta valorativa na educação qualitativa, capaz de formar cidadãos para enfrentar as necessidades do mercado de trabalho.

Senão vejamos: cada vez mais se recorre ao método de certificação e validação de competências como meio de obter o 9.º ano de escolaridade e, mais recentemente, o 12º. A maioria dos formandos vê neste sistema uma forma fácil e rápida de obter a escolaridade para efeitos de currículo, com vista a evoluir profissionalmente. Nada contra. Acho muito bem que cada um tente, de acordo com os meios disponíveis, melhorar a sua condição. O que me preocupa são as reais competências que adquirem esses formandos para merecerem o desejado diploma em comparação com os conhecimentos que são exigidos àqueles que tem um percurso escolar normal. Não digo que não se esforcem, pois estou a falar com conhecimento de causa e sei o trabalho e empenho que alguns desses formandos despendem na busca do diploma que possivelmente lhes vai permitir melhorar a situação profissional. Também sei que ao longo da vida adquirimos competências que nenhuma escola é capaz de nos dar. E sei ainda que alguns desses formandos tem capacidades para obter o diploma e só o estão a adquirir desta forma porque, pelos mais diversos motivos e condicionalismos da vida, não o fizeram através do percurso normal.

Não estou a defender que só deve ter estes níveis de escolaridade quem seguiu um percurso escolar desde o 1.º ano de escolaridade até ao 9.º ou 12.º sem interrupções e que, quem não o fez, não deve ter outra oportunidade. Eu própria não o fiz assim. Estudei até aos 12 anos, completei o 6.º ano de escolaridade, que era o obrigatório nessa altura, e por falta de condições financeiras dos meus pais, vi-me obrigada a desistir do sonho de ser professora. Contudo, procurei outras oportunidades e aos 18 anos voltei a estudar, no ensino recorrente, conseguindo ao fim de 10 anos de estudo (do 7.º ao 12.º mais 4 na universidade) a profissão que tanto desejei e pela qual tão arduamente lutei.

As questões que me levam a esta reflexão são duas: em que se baseiam os objectivos e métodos das entidades capacitadas para a certificação de competências e o exemplo que está a emergir deste método.

Como já referi, é com conhecimento de causa que teço estas reflexões. Conheço o método de pelo menos três entidades que conferem o 9.º ou 12.º ano de escolaridade, através da certificação e validação de competências, e posso referir que a exigência varia imenso de uma para outra. Enquanto numa é exigido apenas um relato escrito superficial sobre a sua vida no processo de crvcc, outra exige o mesmo trabalho mas muito mais detalhado e comprovado ao mínimo detalhe. No final, os formandos obtêm a mesma certificação, apesar da diferença de trabalho e competências que lhes foram exigidas. Questiono ainda o acompanhamento que é dado aos formandos no sentido de realizarem aprendizagens efectivas e úteis para a sua formação.

Perante o cenário de aparente facilitismo com que este método dá equivalência aos referidos graus de escolaridade, que mensagem estaremos a passar aos adolescentes que frequentam a escola? Ora, possivelmente pensam que não vale a pena esforçar-se muito, que se não conseguirem passar de ano e completar a escolaridade obrigatória, quando atingirem os 18 anos terão a oportunidade de, em pouco tempo e fazendo poucas disciplinas, ter o seu diploma.

Acredito no empenho de todos os que neste momento estão a trabalhar no sentido de ver as suas competências validadas mas questiono, até que ponto este método vai resolver os problemas de educação e iliteracia do nosso país…

quarta-feira, 16 de maio de 2007

“A missanga, todas a vêem.

Ninguém nota o fio que,
em colar vistoso, vai compondo as missangas.

Também assim é a voz do poeta:
um fio de silêncio costurando o tempo.”

Mia Couto


O que somos e está oculto no fio das missangas por detrás daquilo que parecemos ser?

Será que nos conhecemos a nós próprios?
Será que nos damos a conhecer?
Talvez nos ocultemos num ser culturalmente aceite
e escondamos o que de melhor temos:

A nossa verdade!

sexta-feira, 11 de maio de 2007

O direito de não ler

“Têm que ler… ler é muito importante… esta obra é de leitura obrigatória…” Estas expressões fazem parte do quotidiano dos nossos estudantes. A todo o momento são confrontados com a obrigatoriedade enfadonha de ter que ler. No entanto, estas indicações acabam por ter um efeito contrário ao esperado pois, como já diz o velho provérbio da sabedoria popular “o fruto proibido é o mais apetecido”. Ora, se nos querem impingir algo, logicamente isso vai destruir o mistério da descoberta que se espera que os livros proporcionem. Logo, não nos vai apetecer ler.
“Ler porquê, se não me apetece?... A história é chata… Não percebo nada daquele livro… Quando tento ler dá-me logo sono…” desesperam os que são submetidos à tortura da leitura. Um leitor tem direitos e o primeiro deles é exactamente O Direito de Não Ler (Pennac, 2001).
Pois é sobre o direito de não gostar de ler que me proponho falar-vos. É um direito, como tal deve ser respeitado! O que gostava de partilhar convosco não é a importância de ler mas antes o prazer de ler, o prazer de viajar através dos livros (“os livros permitem ler o mundo!”), o prazer de nos apoderarmos das palavras e transformar os textos conforme aquilo que eles nos fazem sentir. Ah pois, como leitores temos também o direito de ler à nossa maneira!
Gostas de não ler? Então, jovem de qualquer idade mas com uma opinião para partilhar, lanço-te um desafio: vem dizer-me se gostas ou não de ler e quais os motivos da tua opção. Acredito que em conjunto podemos descobrir a magia das imagens e das palavras e… quem sabe talvez descobrir o prazer de ler!

Sugestão:
Espreitem o livro (ou pelo menos a contracapa) Como um Romance de Daniel Pennac.

Flores

Porque todos temos dias especiais....



quinta-feira, 10 de maio de 2007

Porque...

Porque a vida é uma
realidade filosófica!
E porque a filosofia é o espelho
da vida!

Porque o amor
não se explica, se dá
e se alimenta...

Porque...

"Existir é criar a nossa própria existência" (Sartre)

quarta-feira, 9 de maio de 2007

História da minha fuga das prisões de Veneza



Giacomo Girolamo Casanova




Giacomo Casanova foi um boémio do séc. XVIII, escritor e aventureiro italiano, que apaixonou mulheres, de quem se tornou amante, e homens de poder que exerciam mecenato proporcionando-lhe estudos, viagens e extravagâncias em troca da convivência com esta personalidade tão peculiar.



Corria o ano de 1755 quando Casanova, vivendo a sua normalidade de vida boémia, é preso, sob a acusação de levar uma vida dissoluta, de possuir livros proibidos e de fazer propaganda anti-religiosa, mas o próprio desconhece os motivos de tal sentença.
É levado para a cadeia dos “Chumbos”. Inicialmente pensa tratar-se de um equívoco e espera pacientemente pela sua libertação acompanhada de um pedido de desculpas. Tal não acontece e a sua preocupação aumenta com o passar dos dias. As condições em que sobrevive são desumanas. Por ser tido como uma pessoa de bem, Casanova recebe contudo um tratamento “especial” do guarda responsável pela cadeia dos Chumbos, que lhe possibilita alguma liberdade condicionada dentro da própria cadeia. Esses escassos momentos “à solta” permitem a Casanova reconhecer o território onde se encontra e angariar algum material que lhe virá a ser necessário na sua empresa de arquitectar uma fuga. Este é o fio condutor de uma história deliciosa repleta de peripécias fantásticas, das quais sobressai a inteligência e mestria de Casanova. É nítido o seu conhecimento dos grandes filósofos e pensadores que cita de cor. É sem dúvida, um homem de uma cultura imensa e que nada deixa a desejar à criatividade. A sua capacidade de persuasão permite que leve avante o seu plano, algumas vezes reformulado, por força das circunstâncias e concretizado com a ajuda de outros companheiros de prisão, que não conhece pessoalmente, mas com os quais envereda relacionamento através da boa vontade e ignorância do guarda da prisão que, com a sua genialidade ludibria facilmente.
É simplesmente deliciosa esta história verídica, contada pelo próprio autor, onde estabelece um diálogo cativante com o seu leitor, esclarecendo todas as suas decisões e pensamentos, para que não restem dúvidas sobre a sua inocência em todos os actos que comete. É impossível não ficar do seu lado, pois Casanova tem um poder quase mágico que encanta com a sua sabedoria capacidade oratória.
Vale a pena saborear cada momento desta história de loucura saudável na busca da felicidade perdida.

terça-feira, 8 de maio de 2007

O Mundo

Um dia fui pequenina.
O tempo passou e eu
Cresci
Mas...continuei pequenina
Tão pequenina que o Mundo
Parecia grande demais para mim.
Afinal,
Quando reflecti a imagem do Mundo
Nos espelhos da verdade, percebi.
Percebi que afinal, não era eu
Que estava errada.
Era o mundo que já não era
Pequenino na sua essência.
Que já não sorria como criança
E não pulava com saltinhos
Chaspiscados em dias de chuva.
Afinal,
O Mundo já não era como
Eu o imaginava!