sexta-feira, 11 de maio de 2007

O direito de não ler

“Têm que ler… ler é muito importante… esta obra é de leitura obrigatória…” Estas expressões fazem parte do quotidiano dos nossos estudantes. A todo o momento são confrontados com a obrigatoriedade enfadonha de ter que ler. No entanto, estas indicações acabam por ter um efeito contrário ao esperado pois, como já diz o velho provérbio da sabedoria popular “o fruto proibido é o mais apetecido”. Ora, se nos querem impingir algo, logicamente isso vai destruir o mistério da descoberta que se espera que os livros proporcionem. Logo, não nos vai apetecer ler.
“Ler porquê, se não me apetece?... A história é chata… Não percebo nada daquele livro… Quando tento ler dá-me logo sono…” desesperam os que são submetidos à tortura da leitura. Um leitor tem direitos e o primeiro deles é exactamente O Direito de Não Ler (Pennac, 2001).
Pois é sobre o direito de não gostar de ler que me proponho falar-vos. É um direito, como tal deve ser respeitado! O que gostava de partilhar convosco não é a importância de ler mas antes o prazer de ler, o prazer de viajar através dos livros (“os livros permitem ler o mundo!”), o prazer de nos apoderarmos das palavras e transformar os textos conforme aquilo que eles nos fazem sentir. Ah pois, como leitores temos também o direito de ler à nossa maneira!
Gostas de não ler? Então, jovem de qualquer idade mas com uma opinião para partilhar, lanço-te um desafio: vem dizer-me se gostas ou não de ler e quais os motivos da tua opção. Acredito que em conjunto podemos descobrir a magia das imagens e das palavras e… quem sabe talvez descobrir o prazer de ler!

Sugestão:
Espreitem o livro (ou pelo menos a contracapa) Como um Romance de Daniel Pennac.

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