terça-feira, 11 de setembro de 2007

Fingimento



Pegas na caneta,
Mais uma lágrima de puro fingimento
Brota no teu gesto inconsciente.
Mais um pedaço de ti transparece
Te desnuda do que finges ser:
Tu próprio!
Finges ser o eu que tu és,
Aquele que procuras sem cessar,
O que não vês no espelho,
O que só fingindo podes ser:
O verdadeiro,
Aquele que em ti não existe!

Finge, grande mestre,
Continua fingindo para quem não vê
Através dessa lágrima baça da tua caneta
Que pinga o que finges ser.

Finge,
Para quem não pode ver
Através da chuva oblíqua do teu ser
Nesse labirinto de sentimentos racionalizados
Por entre esses conflituosos pecados,
Que delícia de os conhecer!

Finge,
Que só fingindo podes ser!!!

1 comentário:

Anónimo disse...

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